2
anos após abdominoplastia e ela ainda não estava satisfeita com o resultado: o que houve no caso dela?
Vocês
sempre me pedem para falar sobre o inchaço, a projeção do abdomen e estômago
alto após a n cirurgia de abdominoplastia e por isso hoje eu trouxe o caso de uma paciente
que havia realizado a abdominoplastia há 2 anos. Até então, ela não tinha
ficado satisfeita com o resultado e não sabia o que fazer para melhorar.
Ela é uma
paciente de 49 anos que já passou por 4 gestações, sendo 3 partos normais e 1
cesariana.
Devido a
isso ela ganhou peso, mudou sua composição corporal e ficou com excesso de
pele, tendo todas as indicações para a cirurgia de abdominoplastia.
Em 2020, ela
resolveu realizar a cirurgia.
Ela disse
que na época, consultou dois cirurgiões plátsicos.
O primeiro que a avaliou disse que seria possível fazer a cirurgia, mas que
provavelmente ela ficaria com um volume maior na região superior do abdômen por
causa de suas costelas que eram mais projetadas.
O segundo
cirurgião, já disse que seu resultado ficaria muito bom, que era possível
deixar seu abdômen reto, como ela desejava.
Animada com
a expectativa criada pelo segundo cirurgião, optou em realizar a cirurgia com
ele.
Ele não
passou nenhuma recomendação alimentar, nem antes ou após a cirurgia, disse que
ela poderia comer tudo que quisesse, e que, após a cirurgia ela precisaria fazer
apenas algumas sessões de drenagem linfática, no pós- operatório.
E assim ela
fez. Ela relatou entretanto que no primeiro dia em que retirou a cinta, no pós-operatório, estava muito edemaciada (inchada), o abdomên muito projetado e ficou
assustada por que seu abdome estava muito diferente do que imaginava.
Seu intestino ficou
sem funcionar por quase 10 dias, sentiu muito desconforto e dor na região do
abdômen.
Ela foi no
retorno com eu cirurgião, falou da sua apreensão e ele disse que era inchaço mesmo da
cirurgia, que ela tinha que iniciar as sessões de drenagem linfática e isso
iria resolver.
Deu início às sessões de drenagem, relatou que sentia dor nas sessões. Foram 2 pacotes de 10 sessões mas o inchaço não melhorou.
Ela
esperou 1 ano para ver se havia alguma mudança e
não notou muita diferença. Teve problemas na cicatriz da abdominoplastia,
alguns pontos inflamaram e ela teve que tomar medicação para melhorar.
Voltou ao
seu cirurgião após esse tempo e o mesmo recomendou que ela fosse para a
academia e fizesse exercícios para perder
gordura visceral pois era isso que não permtia que sua barriga ficassse reta.
Ela se
matriculou na academia, começou a fazer os exercícios, mas relatou que
sentia muito desconforto ao realizar, ficava com a região da cicatriz dolorida
depois, dores nas costas e muito mais inchada após o exercício.
Procurando outra
alternativa para melhorar seu resultado, ela encontrou meu canal do youtube, aassistiu aos vídeos que falo sobre a projeção do abdômen após a
abdominoplastia. E após entender melhor, começou a fazer alguns exercícios hipopressivos para ver se
ajudaria.
Não vendo
muito resultado mesmo com os hipopressivos, ela marcou a consulta presencial eu pude entender melhor o caso
dela.
Quando ela
realizou a abdominoplastia, ela pesava 50Kg e no dia da consulta ela estava com
57 KG.
Ela disse
que tinha relaxado um pouco na alimentação até por conta da insatisfação com o
seu resultado.
Eu avaliei
toda a sua alimentação e padrão de movimentos.
Ela apresentava
um pouco de edema( inchaço) na região abdominal e um pouco de gordura
subcutânea. Pelo volume abdominal, havia gordura visceral (gordura mais
interna, depositada entre as vísceras), que não é possível ser retirada com a
cirurgia, apenas com a alimentação específica e atividade física.
Ela não
tinha uma alimentação ruim, mas precisei fazer alguns ajustes nos horários que
ela consumia certos alimentos e nas quantidades, conforme explico e ensino no Programa Nutriplast .
Desde a
cirurgia o intestino dela não havia regularizado novamente.Conseguia ir ao banheiro somente a cada
3, 4 dias.
Na avaliação
física ela apresentava limitação para fazer movimentos no seu dia-a-dia, como por exemplo lavar as
costas no banho e muita queimação na região da cicatriz que impedia que ela dormisse com as pernas esticadas na cama. Ela disse que ficou com essas limitações após a cirurgia, antes ela os realizava sem dificuldade.
Havia todas essas limitações de movimento porque apresentava muitas tensões
e aderências do processo cicatricial que passou, que precisam ser tratadas.
Para termos o movimento livre, sem dor ou restrições, precisamos ter um
deslizamento entre as camadas de tecido do nosso corpo.
Quando há algum motivo (a cirurgia plástica pode ser um deles) em esses tecidos perdem essa
capacidade de realizar livremente esse deslizamento, sentimos que
estamos “presos”, ou há uma sensação de “queimação” e o movimento fica limitado.
Essas alterações podem levar a uma sobrecarga de outras regiões do nosso corpo (que é todo conectado entre sí) causando o desconforto ao realizar os exercícios
na academia.
Para melhorar todas as limitações apresentadas, na
primeira sessão de tratamento, eu trabalhei todas essas tensões que existiam, através de
mobilizações manuais especificas, tanto em tecidos mais superficiais (pele e cicatriz) como mais profundos (vísceras)- se quiser entender mais sobre isso, comente aqui que
faço um post sobre o assunto.
Ensinei os exercícios que ela iria realizar em casa, para
melhorar mais a mobilidade e a ativação do seu abdômen. No caso dela, realizamos
exercícios de baixa pressão abdominal, porém bem diferentes dos que ela tinha
realizado que fazia o vacuum abdominal como principal movimento.
Os
exercícios hipopressivos ficaram famosos
com imagens das pessoas realizando o vacum abdominal, que é esse movimento de
abertura de costelas, mas eles vão muito além desse movimento. No
caso dela, não passei nenhum exercício que tivesse esse movimento, já que ela
possui as costelas mais abertas, e nem seria benéfico pelas caracterisiticas da
cirurgia que realizou.
Por isso, se
você fez uma cirurgia plástica como a abdominoplastia, é importante ser orietnada por profissionais que possuem essa visão das alterações que ocorrem após a
cirurgia, até para indicar os tipos de exercícios hipopressivos que podem ser
realizados e vão melhorar.
Essa é o
resultado que ela obteve em 1 mês , com as mudanças alimentares que orientei (ela perdeu 4
kg), 2 sessões de
mobilizações e os exercícios de reabilitação que orientei realizados em casa e na academia.
Não melhorou somente a quetão estética como também toda a parte funcional
Quer ver como ficou seu resultado? Assista ao vídeo: